De 2009 a 2011, eles custaram para a Câmara Municipal de Manaus (CMM), aproximadamente R$ 21 milhões, levando em conta seus salários, verba de gabinete e uso do ‘cotão’.
Manaus - Os dez vereadores mais votados na última eleição municipal em 2008, tiveram os seus mandatos marcados por polêmicas, tímida participação em pronunciamentos e debates e um baixo índice de projetos apresentados. De 2009 a 2011, eles custaram para a Câmara Municipal de Manaus (CMM), aproximadamente R$ 21 milhões, levando em conta seus salários, verba de gabinete e uso do ‘cotão’.
Juntos, Henrique Oliveira (PR), Luiz Alberto Carijó (PDT), Reizo Castelo Branco (PTB), Marcel Alexandre (PMDB), Roberto Sabino (PRTB), Cida Gurgel (PRP), Mario Bastos (PRP), Socorro Sampaio (PP), Leonel Feitoza (PSD) e Amauri Colares (PSC), apresentaram em três anos, 157 Projetos de Lei (PL), Projetos de Resolução, Decretos Legislativos e Emendas à Lei Orgânica do Município (Loman), segundo informações do site da CMM.
Henrique Oliveira, campeão de voto em 2008 com 35.518 votos, não chegou ao fim do mandato. Em 2010 foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por não ter se desincompatibilizado do cargo de servidor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM). Durante pouco mais de um ano, Oliveira apresentou apenas 17 projetos.
No caso de Reizo Castelo Branco, Roberto Sabino e Mário Bastos, pouco se ouviu de suas vozes durante estes três anos. Os três vereadores, que juntos somaram 19.502, tiveram participações tímidas, inclusive durante debates de temas polêmicos como Zona Azul, Taxa do Lixo, reajuste da tarifa de ônibus e mais recentemente o aumento do IPTU.
Mário Bastos passou um ano longe das atividades legislativas, ao se licenciar para assumir, em junho de 2010 o cargo de Ouvidor Geral do Estado. Em seu lugar, ficou Luizinho Neves, até junho do ano passado.
Alguns vereadores se destacaram, mas negativamente, em determinadas situações, como nos casos de Marcel Alexandre e Amauri Colares, membros da bancada evangélica do parlamento, que em duas oportunidades protagonizaram episódios de preconceito contra homossexuais.
Em maio de 2010, Amauri, que é o atual presidente municipal do Partido Socialista Cristão (PSC), afirmou em pronunciamento na tribuna da Casa, que os homossexuais deveriam ficar à margem da sociedade e classificou o grupo como “aberrações”. A declaração ocorreu após o “beijaço gay”, contra o preconceito.
Cerca de um ano depois, em maio de 2011, foi a vez do vice-presidente da CMM, Marcel Alexandre, causar polêmica ao comentar a aprovação da união estável homoafetiva pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Marcel declarou que a medida representava uma “ditadura gay”.
Leonel Feitoza, que em outros mandatos chegou a ser presidente da Câmara e em 2011 passou a responder como líder do prefeito Amazonino Mendes no parlamento, se envolveu em alguns bate-bocas durante os últimos três anos.
Feitoza, em uma das discussões, xingou o vereador Mário Frota (PSDB), o chamando de safado durante votação do veto do prefeito, ao Projeto de Lei de Frota, que pedia a desafetação de uma área verde do loteamento Rio Piorini, para que os moradores do local fossem legalizados.
Em outra oportunidade, o vereador se desentendeu com o colega Hissa Abrahão, após este afirmar que não era “babá” dos parlamentares, se referindo à ausência dos colegas durante as reuniões das comissões técnicas da CMM.
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