Manaus - Na primeira fila dos rítmistas da Batucada, a vice-presidente do Boi Garantido, Ida Silva, toca o seu inseparável surdo, durante o Curral do Boi Garantido, que aconteceu neste sábado (4) e atrai olhares.
Porém, se para muitos, a presença de Ida pareceu inusitada, para os que fazem parte do item n° 3 é corriqueiro e normal, afinal ela há 16 anos toca surdo na arena do bumbodrómo.
Ela enfatiza que, apesar de atualmente exercer uma função administrativa, sua essência e formação é de batuqueira "Sempte ressalto que aqui (na Batucada) é o meu lugar de origem e onde meu coração pulsa com força e cheio de amor", diz.
Sobre tocar esse ano no bumbódromo, Ida deixa em suspense, mas deixa escapar. "Estou preparada para guerra sempre. Se é para colocar a mão na massa ou melhor no surdo, a gente vai,literalmente", aponta.
O coordenador da Batucada em Manaus, Clemilton Pinto, vê como natural a participação feminina como rítmista. "Tocando bem é o que importa, mas claro que termos uma batuqueira, como hoje é vice-presidente, chama atenção", avalia.
Ida não é exceção, pois o número de mulheres na Batucada é expressivo. Como Júlia Santos, 21, que também toca surdo, há oito anos, assim como sua mãe, Tatiana Martins, também instrumentista do item n° 3.
A Noite da Batucada, que aconteceu, no Centro de Convenções de professor Gilberto Mestrinho (Sambódromo),foi realizada pelo Movimento Amigos do Garantido (MAG).
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