Relatório das Nações Unidas divulgado nesta terça-feira (20/11)
afirma que a erradicação da aids está próxima, graças ao melhor acesso a
drogas que podem tratar e prevenir o vírus humano da imunodeficiência
humana (HIV), causador da doença. A meta de pôr fim à epidemia mundial
de aids não é “meramente visionária”, mas “totalmente viável”, diz o
relatório da agência das Nações Unidas para a Aids (Unaids).
O sucesso no combate à doença na última década permitiu que se
fincassem as “fundações para o eventual fim da aids”, ao reduzir a cifra
de mortos e ajudar a estabilizar o número de pessoas infectadas na
pandemia, assinalou o relatório anual.
No final de 2011, cerca de 34 milhões de pessoas tinham o vírus HIV no mundo.
*Com informações de O Globo, Reuters e AFP.
O número de novos infectados com a doença, transmitida por sangue ou
pelo sêmen durante a relação sexual, está caindo em todo o mundo. O
número de novas infecções em 2011, de pelo menos 2,5 milhões de pessoas,
é 20% inferior ao de 2001.
Uma redução de mais de 50% na taxa de novas infecções por HIV foi
alcançada em 25 países de baixa e média renda. Mais da metade na África,
a região mais afetada pelo vírus.
Em alguns dos países com maior prevalência de HIV no mundo, as taxas
de novas infecções foram reduzidas desde 2001. O país que mais
apresentou queda foi o Malaui, com 73%. Outros que podem comemorar são
Botsuana (71%), Namíbia (68%), Zâmbia (58%), Zimbábue (50%) e África do
Sul e Suazilândia (ambos com 41%).
A África Subsaariana, por sua vez, também reduziu as mortes
relacionadas à Aids em um terço nos últimos seis anos e aumentou o
número de pessoas em tratamento antirretroviral em 59% desde 2010. É,
hoje, a região mais afetada, com quase 1 em cada 20 adultos infectados,
aproximadamente 25 vezes a taxa na Ásia -há quase 5 milhões de pessoas
com o HIV no Sul, Leste e Sudeste da Ásia.
— O ritmo do progresso é acelerado. O que costumava levar uma década
agora está sendo alcançado em 24 meses — declarou o diretor executivo da
Unaids, Michel Sidibé. — Esta é a prova de que com vontade política
podemos alcançar nossos objetivos compartilhados em 2015.
As mortes pela aids caíram em 2011, ficando em 1,7 milhão, abaixo do
pico de 2,3 milhões em 2005 e do 1,8 milhão em 2010. “Embora a aids
continue a ser um dos mais sérios desafios à saúde, a solidariedade
mundial na resposta à Aids na última década continua a gerar ganhos
extraordinários na saúde”, diz o relatório.
Segundo o documento, isso ocorreu graças ao “sucesso histórico” na
promoção de programas em escala junto com a emergência de novas
combinações de remédios para evitar que pessoas sejam infectadas e que
morram da doença.
Cerca de 8 milhões de pessoas estavam sendo tratadas com drogas para a
aids no fim de 2011, um aumento de 20 vezes desde 2003. A meta da ONU é
elevar esse número para 15 milhões até 2015.
Fonte: Blogentrenós.
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