Da Redação em Brasília
Inundação
de cidades costeiras, agravamento de seca em algumas regiões do mundo e
de ondas de calor são cenários prováveis, caso os países não cumpram as
promessas que têm firmado de reduzir as emissões de gases de efeito
estufa. Estudo encomendado pelo Banco Mundial revelou que se as
economias do mundo não adotarem posturas mais ambiciosas em relação ao
clima e ao meio ambiente, a temperatura pode registrar até 4 graus
Celsius (ºC) a mais no fim deste século.
De
acordo com a pesquisa, todas as regiões do mundo sofreriam, mas as
nações mais pobres seriam as mais afetadas pelos riscos à produção de
alimentos, que podem elevar as taxas de subnutrição e desnutrição, ao
agravamento da escassez de água e à maior ocorrência de fenômenos como
ciclones tropicais e perda irreversível da biodiversidade.
Algumas
cidades de Moçambique, Madagascar, do México, da Venezuela, Índia, de
Bangladesh, da Indonésia, das Filipinas e do Vietnã estariam mais
vulneráveis à elevação do nível do mar em 0,5 metro (m) a 1m até 2100. O
estudo destaca que as regiões mais vulneráveis estão nos trópicos, em
regiões subtropicais e em direção aos polos, onde múltiplos impactos
podem ocorrer simultaneamente.
Mesmo
diante do alerta, os representantes do Banco Mundial destacaram que
ainda é possível manter a elevação da temperatura no mundo abaixo dos
2ºC, meta assumida por autoridades de quase 200 países que estiveram
reunidos na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, em
2010.
A possibilidade de evitar 4°C a
mais na temperatura mundial, segundo o estudo, dependeria de uma ação
política sustentada da comunidade internacional. Ainda assim, a pesquisa
indica que alguns danos e riscos ao meio ambiente e às populações não
poderiam ser mais evitados.
Pesquisadores
da instituição apontam o uso mais eficiente e mais inteligente da
energia e dos recursos naturais como uma das medidas de redução do
impacto do clima sobre o desenvolvimento, sem que isso represente
ameaça ao ritmo de redução da pobreza no mundo e ao crescimento
econômico das nações.
Fonte: Acritica.uol.com
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