Dois jovens que atuam como
lideranças na escola onde estudam são os afilhados do presidente da Assembleia
Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Josué Neto (PSD) no Programa
Parlamento Jovem. Criado em 2008, o programa reúne alunos do ensino médio eleitos
por meio de voto direto em escolas da rede pública e privada de ensino, na
capital e no interior. Com um mandato de dez dias, cada aluno-deputado é
acompanhado por um parlamentar definido por meio de em sorteio e desenvolverá
um projeto.
Nesta quarta-feira (27), no
plenário Ruy Araújo foi realizada uma sessão especial com os 24 alunos-deputados.
A oitava edição do programa começou na segunda-feira (25) e seguirá até o dia 3
de junho. O objetivo é despertar o interesse dos alunos pela política, em
especial nas atividades da assembleia.
Gabriela Esteves Zborowiski, 17,
e Agenor Junio Rocha Cordeiro, 18, são estudantes da Escola Estadual Homero de
Miranda Leão, no Conjunto Renato Sousa Pinto, zona Norte de Manaus. Eles são
conhecidos pelos demais alunos por mobilizarem a escola e cobrarem a direção para
não ficarem sem aula quando algum professor precisa se ausentar, por exemplo.
“Ficamos sabendo que haveria uma
palestra sobre política e 20 alunos foram selecionados para participar. Eu não
fui uma delas, mas decidi entrar na sala e prestar atenção. Abriu minha mente a
fala sobre cidadania e política. Ao final, a pedagoga pediu para escolhermos um
partido, nos candidatarmos e fazermos um discurso político”, contou Gabriela.
“Eu falei sobre a falta de
respeito das pessoas de outros estados em relação ao Amazonas. As piadinhas me
deixam angustiada apesar de não ter nascido aqui”, relatou a sul-mato-grossense,
eleita pelo Partido Saúde. “Na casa de todos os Brasileiros têm uma TV com a
inscrição fabricada no Polo Industrial de Manaus, mas eles não têm conhecimento
disso”, citou. “Foi legal ver que as pessoas confiaram em mim. Quero levar esse
mandato com muita seriedade, sempre sendo sincera e buscando fazer o certo”,
disse.
Suplente
Agenor foi eleito suplente pelo
Partido Direitos Humanos. “Sempre fomos de exigir nossos direitos na escola.
Defendi vários direitos, entre eles ter aula. Gabriela e eu já fomos até a
direção pedir para não ficarmos sem aula certa vez. Vamos fazer Enem (Exame
Nacional do Ensino Médio) e tivemos o apoio dos alunos e professores nessa
discussão”, explicou.
Gabriela e Agenor disseram que, a
partir de agora, enxergam a política com outros olhos, principalmente no Poder
Legislativo. Sabem que na casa são debatidas matérias que influenciam na vida
dos amazonenses.
Com informações da Assessoria
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